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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Foto (recortada...):  https://www.tapisrouge.com.br

JOVINA BENIGNO
( Brasil – Ceará )

 

Nasceu em Fortaleza, numa família humilde de oito irmãos.
Começou a escrever ainda na infância.  Na juventude participou da Casa de Poetas de Juvenal Galeno, compôs o grupo que iniciou o embrião do Museu de Audição de Poetas Cearenses.
Premiada em Concurso Nacional de Poesia pela Escola Nova Acrópole de Filosofía, em 2019,                            
Publicada em seis Antologia resultantes de concursos literários em que obteve êxito.  Tem dois livros publicados: Versus de uma Vida (2020)s e Cruviana (2022) pela OIA editora.

 

POETICOIA  11/2022.       Inclui os poetas Jovina Benigno, Auzana Pagot, Dora Lampert, Ferreira Lima,  R. Brossa, Thiago Medeiros.   São Paulo: OIA editora, 2022.   92 p.         14 x 20,5 cm. 
ISBN 978-85-84-84945-01-2                      
Ex. bib. Antonio Miranda

 

Hortência

Sem dizer
entreguei Hortência.
a essência de lavanda
na varanda ainda corria solta e
ainda canta a ciranda das folganças
no rubor afogueado dos três anos.
a potência dos cachos no laço vivaz.
as cores não combinam
com renda branca.

Cânticos de búzios
cruzam o atlântico. Macambúzios
agouram passos não postos
no caminho da menina.

Herege frio coxo
da morte tomou Hortência
untou de pesar
a manta do batizado.
tombou a fortuna fugaz
das luminárias acesa.
Comigo
à mesa de amargas ervas.
fel na garganta.
Infanta em renda branca
Hortência rege.

 

Laquês e Percevejos

No entremeio dos dias
o chicote aberrante
sobrava em suas costas.
ele, vindo de esguelha
sem flores para buquês.
seu dote, unhas fendidas
arrancam crostas do dorso
a dor cheira mal.

Ele, estrago do existir
vida sem laquês
caranguejo fugido da lama
papel rasgado
com percevejos nas pontas.
de luz, um diorama
sem pira para seguir.
pés em ricochete.
ludibriou entrementes.

Com óleo fervendo
entre dentes
em surto sobe ao céu os gritos:
—Próceres sois nada.
infames arsênios
estiolando sonhos
amputem suas mãos pestilentas
arranquem suas línguas
queimem e as enterrem no absurdo.


*

VEJA e LEIA outros poetas do CEARÁ em nosso Portal:

 

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Página publicada em outubro de 2022





 

 

 
 
 
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